Produtor de Orgânicos

Pegada de carbono e a agricultura familiar

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Rio, 21 de agosto de 2024.

Por: Caroline Luiz Pimenta

Sempre destaco o quanto a agricultura familiar desempenha um papel crucial na produção de alimentos, contribuindo significativamente para a segurança alimentar e a economia rural em muitas regiões do mundo.

Quando falamos em pegada de carbono na agricultura familiar, desde a preparação do solo até a colheita e o manejo de resíduos, é importante destacar que práticas sustentáveis são essenciais para reduzir essa pegada, proteger o meio ambiente e assegurar a viabilidade a longo prazo da agricultura familiar.

A pegada de carbono da agricultura familiar pode variar amplamente dependendo das práticas adotadas. As emissões de GEE estão associadas a diversas atividades, como o uso de fertilizantes, o manejo do solo, a criação de animais e o uso de máquinas agrícolas.

Práticas agrícolas inadequadas podem aumentar significativamente a pegada de carbono, contribuindo para o aquecimento global e a degradação ambiental. Por outro lado, a adoção de práticas sustentáveis pode transformar a agricultura familiar em uma aliada no combate às mudanças climáticas, promovendo a captura de carbono e a preservação dos recursos naturais.

A sustentabilidade na agricultura familiar é alcançada através da implementação de práticas como a agroecologia e a agricultura orgânica, que evitam o uso de insumos químicos sintéticos, como fertilizantes e pesticidas, que são grandes emissores de GEE. Essas práticas utilizam adubação verde, compostagem e rotação de culturas, que melhoram a saúde do solo, promovem a biodiversidade e reduzem a dependência de insumos externos. Além disso, a agricultura orgânica também se baseia no uso de biofertilizantes, que contribuem para a redução da pegada de carbono.

Outro destaque são os sistemas agroflorestais, que integram o cultivo de árvores com culturas agrícolas e a criação de animais. Essa prática é altamente eficaz na captura de carbono, pois as árvores sequestram dióxido de carbono da atmosfera e o armazenam em sua biomassa e no solo. Mais do que isso, as agroflorestas aumentam a biodiversidade e melhoram a resiliência das paisagens agrícolas.

Práticas de irrigação eficiente, como a irrigação por gotejamento, minimizam o uso de água e a necessidade de energia para bombear água. A coleta e o armazenamento de água da chuva para irrigação também são alternativas sustentáveis que ajudam a reduzir a pegada de carbono na agricultura familiar.

Outra prática muito interessante é a adoção de fontes de energia renovável, como painéis solares para eletrificação e bombas de irrigação, que reduz a dependência de combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de carbono.

Assim como existem práticas agrícolas que podem reduzir a pegada de carbono, há outras que são prejudiciais ao meio ambiente e devem ser evitadas. A prática de queimadas, por exemplo, para a preparação da terra ou a expansão de áreas agrícolas, libera grandes quantidades de CO₂ e outros poluentes atmosféricos. O desmatamento, especialmente em áreas de floresta tropical, é uma das principais causas da emissão de carbono, contribuindo para o aquecimento global e a perda de biodiversidade.

A relação entre a pegada de carbono e a agricultura familiar é um aspecto crucial no contexto das mudanças climáticas e da sustentabilidade. As práticas agrícolas têm o potencial de ser tanto uma fonte de emissões de GEE quanto uma ferramenta para sua redução.

A adoção de práticas sustentáveis na agricultura familiar não só diminui a pegada de carbono, mas também fortalece as comunidades rurais, melhora a segurança alimentar e protege os recursos naturais para as gerações futuras. Evitar práticas nocivas e promover uma agricultura mais ecológica são passos essenciais para um futuro mais sustentável.

Fonte: Linkedin Caroline Luiz Pimenta

Caroline Luiz Pimenta – COO e fundadora da ManejeBem

Graduada em Agronomia, mestre e doutora em ciências pelo Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),Caroline já atuou no Laboratório de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias da UFSC, no qual desenvolveu pesquisas relacionadas com o controle alternativo de doenças de plantas. Atualmente, está cursando pós-graduação em Liderança e Inovação pela FGV. Focada na propagação de manejos sustentáveis e na transferência de tecnologias para agricultura e pecuária familiar, é uma das fundadoras da empresa ManejeBem, na qual atua na facilitação da assistência técnica agrícola através de plataformas digitais, levantamento de dados e planejamento de ações no campo.

ManejeBem faz parte do SNA Startup Hub (SNASH), ecossistema de inovação focado no Agro, Bioeconomia e Sustentabilidade:

A ManejeBem faz parte do SNA Startup Hub (SNASH), novo hub de agtechs e edutechs criado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), que reúne startups com foco em soluções para o agronegócio. O SNASH é um ecossistema de inovação focado no Agro, Bioeconomia e Sustentabilidade, cuja missão é conectar startups, grandes empresas, investidores, governo e institutos de pesquisa para impulsionar a inovação, desenvolver soluções e alavancar seus negócios.

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