Empreendedora faz sucesso após migrar da agricultura convencional para produção orgânica
A empresa Pé Na Terra Agroecologia, fundada pela empreendedora Fátima Cabral, faz parte de uma comunidade com mais de 40 famílias co-agricultoras que se alimentam semanalmente da produção.
A transição da cidade para o campo começou em 2001 com um desejo antigo do esposo de sair do mundo corporativo. Com a aquisição de um terreno de 40 hectares localizado no Núcleo Rural Pipiripau (região do Alto São Bartolomeu), em Planaltina-DF, a família deu os primeiros passos para o que viria a ser um empreendimento de sucesso. Mas essa trajetória não foi nada fácil.
Fátima conta que, no início, a ideia de mudar para o campo não era bem o que ela imaginava, mas que, com o tempo, acostumou-se com o novo o estilo de vida e acabou pegando gosto pela atividade.
“Iniciamos com o plantio convencional, com uso de agrotóxicos e insumos químicos. Foi somente em 2008 que meus filhos mais novos e eu tomamos a decisão de fazer uma transição agroecológica e migrar para o sistema de plantio orgânico. Foi a partir dessa transição que fui me integrando às questões da terra, fui encontrando meu espaço e iniciamos esse projeto”, relata a agricultora.
O projeto a que Fátima se refere é o Pé Na Terra Agroecologia, empresa de agricultura familiar com foco no cultivo de produtos orgânicos. A organização faz parte de uma Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) com mais de 40 famílias co-agricultoras que se alimentam semanalmente da sua produção. Ao todo, são sete agricultores da família que trabalham na terra e três funcionários com carteira assinada.
Além disso, Fátima foi uma das idealizadoras da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (APROSPERA), onde teve algumas resistências no início, principalmente por ser mulher. “O gosto pelo campo foi crescendo e se tornou um ativismo que acabou se espalhando pelo território, pela comunidade de assentados que fica próxima daqui e nos levou a criar essa associação para o fortalecimento da agricultura”, diz Fátima.
Incêndio
Em setembro de 2022, por conta de um incêndio descontrolado, a produtora viu todo seu cultivo e alguns bens serem atingidos pela queimada. Fátima relata que o fogo devastou 90% da área de plantio, fora casas e carros. Mas, apesar do trauma, a família se manteve unida e hoje trabalha para reconstruir o que foi perdido, além da preservação e restauração de vegetação nativas do Cerrado, que é o segundo maior bioma do Brasil e da América do Sul.
Apoio do Sebrae
Fátima Cabral foi uma das idealizadoras da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (APROSPERA) Agência Sebrae
Fátima Cabral tem 63 anos e nasceu no Rio Grande do Sul. Sua história se mistura com a de muitos brasileiros que migraram rumo à Brasília em busca de novas oportunidades. A agricultora chegou ainda pequena, com apenas um ano de idade, acompanhada dos pais, na então recém-inaugurada capital da República em 1961 e daqui não saiu mais. “Sou gaúcha de nascença, mas meu coração é brasiliense”, ela diz.
Foi no pequeno quadradinho, localizado no coração do Centro Oeste brasileiro, que Fátima conheceu Mauro Augusto, 63, companheiro de vida com quem a empreendedora constituiu sua família. Casados há 45 anos, o casal teve cinco filhos: Thiago, 44; Arthur, 40; Daniel, 36; Diogo, 34; e Helena, 24, a caçula da família.
Fátima conta que antes de ingressar na agricultura familiar, acumulou outras experiências que foram fundamentais para a tomada de decisão. Na iniciativa privada, ela passou por empresas aéreas e da construção civil. Já no setor público, integrou equipes do Ministério da Educação e Cultura (MEC), Eletronorte e Ministério da Integração Nacional, que foi sua última experiência antes de migrar para a área rural.
“Iniciamos com o plantio convencional, com uso de agrotóxicos e insumos químicos. Foi somente em 2008 que meus filhos mais novos e eu tomamos a decisão de fazer uma transição agroecológica”, diz a empreendedora — Foto: Agência
Sebrae
A transição da cidade para o campo começou em 2001 com um desejo antigo do esposo de sair do mundo corporativo. Com a aquisição de um terreno de 40 hectares localizado no Núcleo Rural Pipiripau (região do Alto São Bartolomeu), em Planaltina-DF, a família deu os primeiros passos para o que viria a ser um empreendimento de sucesso. Mas essa trajetória não foi nada fácil.
Fátima conta que, no início, a ideia de mudar para o campo não era bem o que ela imaginava, mas que, com o tempo, acostumou-se com o novo o estilo de vida e acabou pegando gosto pela atividade.
“Iniciamos com o plantio convencional, com uso de agrotóxicos e insumos químicos. Foi somente em 2008 que meus filhos mais novos e eu tomamos a decisão de fazer uma transição agroecológica e migrar para o sistema de plantio orgânico. Foi a partir dessa transição que fui me integrando às questões da terra, fui encontrando meu espaço e iniciamos esse projeto”, relata a agricultora.
O projeto a que Fátima se refere é o Pé Na Terra Agroecologia, empresa de agricultura familiar com foco no cultivo de produtos orgânicos. A organização faz parte de uma Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) com mais de 40 famílias co-agricultoras que se alimentam semanalmente da sua produção. Ao todo, são sete agricultores da família que trabalham na terra e três funcionários com carteira assinada.
Além disso, Fátima foi uma das idealizadoras da Associação dos Produtores Agroecológicos do Alto São Bartolomeu (APROSPERA), onde teve algumas resistências no início, principalmente por ser mulher. “O gosto pelo campo foi crescendo e se tornou um ativismo que acabou se espalhando pelo território, pela comunidade de assentados que fica próxima daqui e nos levou a criar essa associação para o fortalecimento da agricultura”, diz Fátima.
Apoio do Sebrae
Segundo a produtora, o apoio do Sebrae Delas – Desenvolvendo Empreendedoras Líderes Apaixonadas pelo Sucesso-, foi fundamental para essa reconstrução após o incêndio, além de ser um divisor de águas, uma vez que a ajudou com consultorias e capacitações, principalmente para que a produtora pudesse adquirir o certificado IBD, que é a maior certificadora de produtos orgânicos e sustentáveis da América Latina.
“O Sebrae não esteve presente apenas na nossa formação, mas também na reconstrução e reestruturação total do negócio após o incêndio. Por meio deste suporte, fiz a primeira turma do Empretec Rural no Distrito Federal, no qual percebemos a importância de empreender com ferramentas que nos ajudam a trazer sustentabilidade em todos os sentidos para o nosso negócio”, relata a produtora.
Fonte: Revista PEGN
Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Consumidor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:
Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Produtor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:
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