Sinop assumiu a liderança no ranking de municípios mato-grossenses com maior número de produtores orgânicos do Estado. O anúncio foi feito pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) durante o III Sinop Sustentável, realizado entre sexta (26.9) e sábado (27.9), na unidade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no município.
A certificação foi dada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a partir das ações do projeto Sinop Orgânico, implementado em 2022, pela Empaer. O município alcançou 37 declarações de produtor orgânico emitidas pelo Governo Federal, enquanto Querência, na segunda colocação, conta com 35.
No III Sinop Sustentável, 33 produtores do município receberam formalmente os registros do Mapa. “Sinop saiu do 14º lugar para a primeira colocação no Estado. Só quem acompanha o trabalho dos parceiros, da Empaer, sabe o quanto isso é importante na vida de cada um de nós”, destacou o engenheiro agrônomo da Empaer, Rogério Leschewitz, autor e coordenador técnico do projeto Sinop Orgânico.
O projeto buscava capacitar, inicialmente, 50 unidades produtivas — entre escolas, entidades beneficentes, filantrópicas e da sociedade civil, além de universidades — em produção orgânica. Após três anos de trabalho intenso, os produtores conseguiram os registros no Mapa. “Quatro já existiam no município, graças ao projeto Gaya’’, explica o técnico da Empaer, em referência à iniciativa da Universidade Federal de Mato Grosso.
A vida dos produtores da região mudou com o projeto da Empaer. Eles passaram a produzir alimentos orgânicos comercializados em feiras municipais e para entidades por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), iniciativa do Governo Federal que compra alimentos da agricultura familiar e de comunidades tradicionais para fornecer refeições a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, fortalecendo a agricultura familiar.
Os alimentos orgânicos também são vendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que busca garantir a alimentação para alunos de escolas públicas. Os produtos servem ainda para aumentar a soberania alimentar das famílias, que passaram a ter independência produtiva e financeira.
De acordo com o autor da iniciativa, o projeto usa uma metodologia específica. “Levamos em consideração mais de 10 projetos de sucesso no Brasil para moldar a metodologia usada em Sinop, que visa o diálogo e o trabalho em parceria com a comunidade. Dividimos em 5 núcleos de treinamento”, detalha.
Para realizar a transferência de tecnologia aos produtores, foram realizadas palestras, demonstrações de método, execuções práticas e visita in loco.
Em decorrência do projeto, surgiu o evento Sinop Sustentável, em 2023, com a participação de sete entidades. A iniciativa ganhou abrangência e, neste ano, participaram da III edição 65 entidades, com 53 exposições e 65 projetos de iniciativas sustentáveis, além de 14 municípios.
A programação incluiu seminários, feiras, painéis técnicos, rodas de saberes e atividades culturais, que ampliaram o debate sobre práticas ecologicamente sustentáveis e políticas públicas voltadas à produção orgânica e agroecológica.
Suelme também citou que há uma tendência de evitar o consumo dos produtos processados, enquanto cresce a busca por alimentos de qualidade.
“Esse debate que Sinop traz está alinhado ao que há de mais avançado no mundo. A orientação do governo estadual é apoiar iniciativas sustentáveis e fortalecer experiências inovadoras. Mato Grosso é capaz de fazer o melhor do mundo em grande escala e também em pequena escala. Estamos atentos às políticas que garantem sustentabilidade e qualidade de vida”, assegurou.
Com o término da capacitação previsto para o final deste ano, Rogério Leschewitz já antecipa a ampliação do projeto e do evento. “Ano que vem, vamos iniciar uma nova etapa, recomeçando a metodologia com novos produtores. A ideia é replicar a iniciativa para o máximo de pessoas. Estou muito emocionado e satisfeito”, concluiu.
Fonte: O Bom dia da Notícia
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