A argentina, Adecoagro, aposta em açúcar orgânico

A argentina Adecoagro, que conta com três usinas no Brasil e tem ações negociadas na bolsa de Nova York, está produzindo sua primeira safra de açúcar orgânico e espera encerrar essa primeira fase da aposta com produção de 7.000 toneladas. O volume é modesto, mas é o pontapé inicial para que, nos próximos anos, a companhia acrescente cerca de US$ 8 milhões ao seu faturamento, que alcançou US$ 933 milhões em 2017 e US$ 371 milhões no primeiro semestre deste ano.
O objetivo é chegar em 2020 com uma produção de 14.000 toneladas de açúcar orgânico, quando o produto deverá ser totalmente direcionado para o mercado externo, onde há mais demanda. “A vantagem do orgânico é o prêmio sobre o premio do açúcar convencional. Hoje se paga cerca de US$ 0,40 por libra-peso”, disse Renato Junqueira, diretor de Açúcar, Etanol e Energia da Adecoagro. O açúcar demerara, referenciado na bolsa de Nova York, está sendo negociado em torno de US$ 0,13 a libra-peso. No começo o produto será vendido por empresas que atuam no varejo com a Guaraní ou a Camil, e após o açúcar orgânico poderá ser comercializado com a marca Monte Alegre, primeiramente no mercado local
Com a produção estimada para este ano, a Adecoagro calcula acrescentar US$ 1.25 milhão à sua receita. No próximo ano, a expectativa é elevar a produção para 10.000 toneladas, incrementando a receita em 45%. “Quando alcançarmos nosso objetivo, serão agregados US$ 8 milhões ao ano, considerando o prêmio de hoje”, disse.
O Grupo Balbo, da marca Native, é o maior produtor do país e produziu duas safras atrás (2016/17) mais de seis vezes (87.000 toneladas) o volume que a companhia argentina quer produzir daqui a dois anos.
O Ministério da Agricultura calcula que no Brasil deverão ser produzidas, nesta safra (2018/19), 216.600 toneladas de açúcar orgânico. O mercado local ainda é pequeno dado que a produção total deve ficar em cerca de 8 milhões de toneladas.
O açúcar orgânico da Adecoagro será produzido na Usina Monte Alegre, na cidade de mesmo nome em Minas Gerais. No entorno, foram reservados 3.000 hectares para cultivar cana de forma orgânica. Trata-se de uma área pequena em relação aos 168.000 hectares de canavial que abastecem a usina.
Leia a matéria completa, Fonte: Valor
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