Bioinsumos na cultura da soja
Com a crescente preocupação mundial pela preservação ambiental e a produção de alimentos mais saudáveis e de forma sustentável, conceitos como agricultura regenerativa e bioinsumos estão em evidência. Além disso, o número de moléculas químicas disponíveis para utilização agrícola vem sendo reduzida periodicamente, o que aumenta a demanda por alternativas sustentáveis que possam substituir muitos desses químicos banidos do mercado para uma maior proteção ambiental ou de saúde.
Nesse novo cenário o solo e a planta passam a fazer parte de um sistema produtivo integrado e mais equilibrado, abuscando-se a redução do uso de agroquímicos e priorizando-se a utilização de produtos de baixo impacto ambiental e de baixo risco à saúde humana. Esse movimento contribuiu para o desenvolvimento e a utilização de bioinsumos.
Entretanto, a temática da produção sustentável inclui grandes desafios, como por exemplo, o manejo de pragas, doenças, nematoides e plantas daninhas, geralmente associado a um sistema produtivo em desequilíbrio. Comumente nestas áreas, a perda de efetividade de alguns ativos químicos e a seleção de populações de pragas resistentes é uma realidade. Isso desequilibra ainda mais o sistema produtivo, exigindo medidas de manejo eficientes para que perdas econômicas de produtividade sejam evitadas, ou pelo menos mitigadas.
Além desses desequilíbrios mencionados até aqui que ocorrem acima do solo, é importante também levar em consideração o que ocorre abaixo do solo. Nesse contexto, deve-se considerar o uso demasiado de fertilizantes químicos, sem diversidade de plantas, culminando em solos pobres quanto aos níveis de matéria orgânica, baixa capacidade de retenção de água, reduzida solubilização de nutrientes e baixa biodiversidade.
Seguindo este racional, podemos complementar que no sistema produtivo em desequilíbrio, a saúde do solo foi deixada de lado, na busca de uma produtividade momentânea, em que ao longo dos cultivos, o solo foi comprometido e o potencial produtivo estagnou ou em muitos casos houve decréscimo de produtividade. Nestas situações, em solos depauperados, visando a produtividade, e esquecendo do solo, o agricultor busca no aumento das doses de fertilizantes químicos tentar solucionar um problema, que foi causado ao longo dos anos. Atualmente, devido à dificuldade em encontrar áreas novas, bem como, com a preocupação com a saúde do solo, já não se permite este tipo de agricultura.
E quando se fala em agricultura regenerativa, o próprio termo nos remete a regenerar, o que envolve um manejo integrado do sistema produtivo, com substituição gradativa dos agroquímicos, inserção de bioinsumos que permitam a melhoria da saúde de todo o agroecossistema, o equilíbrio biológico, a estabilidade e eficiência dos agentes de controle biológico, o uso de práticas culturais sustentáveis (plantio direto, utilização de culturas de cobertura e a rotação de culturas), mensurando os riscos e preconizando altas produtividades. Entretanto, essa substituição de químicos sintéticos por alternativas biológicas não é tão simples de ser realizada e diferentes obstáculos precisam ser superados. Desta forma, este capítulo buscar abordar os principais desafios na adoção de bioinsumos na cultura da soja, visando desmistificar, trazer temas relevantes e experiências práticas.
Fonte: Embrapa Soja
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Tags: agricultura regenerativa, Agricultura Sustentável, Agrobiodiversidade, agroecossistemas, bioinsumos, bioinsumos na cultura da soja, Embrapa Soja.
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