
Os biológicos, bioinsumos e bioprodutos: um mar de oportunidades
No Brasil, o conceito de bioinsumos foi definido oficialmente a partir do lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos, pelo Decreto 10.375 de 26/05/2020, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Estes produtos foram conceituados como “qualquer produto, processo ou tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinado ao uso na produção, no armazenamento e no beneficiamento de produtos agropecuários, nos sistemas de produção aquáticos ou de florestas plantadas, que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos”.

Agricultura regenerativa orgânica tem crescido no Brasil
A prática da agricultura regenerativa orgânica com a utilização do plantio direto, da rotação de culturas e da manutenção da cobertura do solo, tem crescido cada vez mais no Brasil e no mundo, segundo informações da Regenerative Organic Alliance-ROA (Aliança Orgânica Regenerativa).

Biológicos em pauta: projetos de lei podem acirrar disputa por mercado bilionário
Nessa disputa por mercado, estão gigantes como Syngenta, Corteva, Bayer e Yara – para citar algumas. Na Yara, os biofertilizantes já representam 15% do faturamento, enquanto na Bayer a estimativa é chegar a € 1,5 bilhão de receitas originadas por soluções biológicas até 2035.

Empresa de bioinsumos recebeu selo Carbono Neutro
Para a certificação, a empresa passou por um inventário das reduções da emissão de gases durante o ano de 2022. Líder no setor de bioinsumos no Brasil, a Simbiose recebeu o selo Carbono Neutro emitido pela consultoria ambiental NeoGreen. A marca é pioneira da categoria na descarbonização do agronegócio e fomenta os compromissos climáticos assumidos pelo Brasil perante ao mundo. Além de apresentar soluções biológicas para substituir o uso de químicos no campo, a companhia investe na compensação da emissão de carbono em seus processos produtivos e traça estratégias para zerar a liberação do elemento na natureza.

Bioinsumos na cultura da soja
Quando se fala em agricultura regenerativa, o próprio termo nos remete a regenerar, o que envolve um manejo integrado do sistema produtivo, com substituição gradativa dos agroquímicos, inserção de bioinsumos que permitam a melhoria da saúde de todo o agroecossistema, o equilíbrio biológico, a estabilidade e eficiência dos agentes de controle biológico, o uso de práticas culturais sustentáveis (plantio direto, utilização de culturas de cobertura e a rotação de culturas), mensurando os riscos e preconizando altas produtividades. Entretanto, essa substituição de químicos sintéticos por alternativas biológicas não é tão simples de ser realizada e diferentes obstáculos precisam ser superados. Desta forma, este capítulo buscar abordar os principais desafios na adoção de bioinsumos na cultura da soja, visando desmistificar, trazer temas relevantes e experiências práticas.

Amaggi e reNature lançam programa para promover agricultura regenerativa no Brasil
O programa pretende incentivar práticas para a proteção e recuperação do solo para aumento da produtividade, a conservação de recursos hídricos e da biodiversidade e a mitigação dos impactos climáticos e a resiliência econômica da atividade não só nas fazendas do grupo, mas em toda a rede de agricultores que originam grãos e fibras nos biomas Amazônia e Cerrado e que são comercializados pela companhia. Programa desenvolvido em parceria com a reNature, organização especialista em agricultura regenerativa, a AMAGGI, apoiada pela ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), apresentou o Amaggi Regenera, demonstrando seu compromisso com o futuro da vida no nosso Planeta. “A agricultura regenerativa vai além da conservação, pois através de práticas regenerativas no campo, a fixação de carbono no solo e, consequentemente, o equilíbrio do clima são favorecidos. Ao ser usado de forma correta, o solo se recompõe, o ecossistema se regenera e o mercado é abastecido”, afirma Pedro Valente, diretor de Produção Agro da AMAGGI.

Mercado de bioinsumos está se consolidando no Brasil e futuro é promissor
Segundo estudo elaborado pela Kynetec em 2022, a venda de bionematicidas ocupou 75% do faturamento do setor, contra 25% da participação dos produtos químicos. Assim como aconteceu com o mercado de nematicidas no Brasil, a indústria ainda projeta pelo menos três grandes ondas de avanço das biosoluções.

Centros de pesquisa impulsionam expansão de bioinsumos no Brasil
Rede de pesquisas sobre fertilizantes e defensivos biológicos se dissemina pelo país.

Bioinsumo pode reduzir em 25% o nitrogênio usado na adubação de cobertura do milho
Resultados de pesquisas conduzidas pela Embrapa Soja (PR) nos últimos dez anos mostram que a inoculação de sementes de milho com a bactéria Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) permite a redução de 25% da adubação nitrogenada de cobertura, considerando a dose de 90 quilos (kg) por hectare (ha) de N-fertilizante. “O uso de microrganismos promotores do crescimento de plantas – capazes de substituir, parcial ou totalmente, os fertilizantes químicos – representa uma estratégia-chave para o Brasil, que importa a maior parte dos fertilizantes usados na agricultura”, defende a pesquisadora Mariangela Hungria, da Embrapa.

Embrapa se destaca no desenvolvimento nacional de bioinsumos
São inúmeros os insumos biológicos desenvolvidos pela Embrapa, em parceria com universidades e empresas, para controlar pragas e doenças das lavouras, promover o crescimento de plantas etc.