Rizoma: agricultura regenerativa orgânica.
Das muitas questões que pairam sobre o agronegócio, duas são mais proeminentes: como produzir mais, e melhor, para uma população que não para de crescer? E como fazer isso de maneira a mitigar ao máximo os efeitos da mudança climática, criando um ambiente de equidade social e impacto ecológico positivo?
A agricultura regenerativa é a resposta e difere-se da agricultura extrativa pela forma como lida com o solo. Estudos são previamente feitos para definir quais são as características naturais do solo que foram perdidas com o tempo e que precisam ser retomadas para a manutenção das culturas, como nutrientes e condições de umidade. Feito isso, elabora-se uma rede de culturas que podem colaborar nessa restauração, criando uma rede de cooperação bio e geológica.
Por extensão, os gastos com os insumos diminuem drasticamente, permitindo ao produtor um aproveitamento pleno do solo com impacto positivo no meio ambiente e à sociedade, a começar pelos que trabalham nessas áreas.
Conheça a Rizoma, empresa com DNA da Fazenda da Toca
O respeito ao meio ambiente e a busca por uma produção sustentável sempre esteve no DNA da Fazenda da Toca, a maior produtora de ovos orgânicos do Brasil. Desde 2009, a fazenda atua com quatro linhas de grandes operações e oferece cursos e visitas para compartilhar seus conhecimentos e engajar cada vez mais pessoas em processos produtivos ecológicos.
No entanto, os mais de 5 mil hectares da Fazenda da Toca não foram o suficiente para suprir os planos de seu fundador, Pedro Paulo Diniz. Em 2018 ele fundou a Rizoma em parceria com outros dois sócios — Marcelo Mazola e Fabio Sakamoto — com a missão de escalar a produção regenerativa orgânica de grãos, feijão e frutas cítricas, culturas que hoje representam 13,5% do mercado agrícola global.
Atualmente, a Rizoma opera duas fazendas-piloto no interior de São Paulo, cultivando alimentos em sistemas agrícolas regenerativos orgânicos que foram projetados em parceria com renomadas instituições de ensino e referência em agricultura como Unicamp, Esalq/SP e a holandesa Wageningen, conhecida como a número 1 do mundo em agronomia.
Esses sistemas contribuem para a sustentabilidade da agropecuária, produzindo com eficiência, escala e impacto ambiental positivo para o meio-ambiente. Eles são comprovadamente eficientes no sequestro de carbono atmosférico, no incremento da biodiversidade e na capacidade de retenção e uso de água, sendo ainda capazes de produzir alimentos com elevada qualidade nutricional.
“Quando tratamos a natureza como uma aliada e, em vez de tentar dominá-la, trabalhamos junto com ela aproveitando todo o potencial que nos oferece, percebemos que é possível quebrar um paradigma na agricultura e adotar uma atitude que ao produzir regenere o planeta. Isso é algo completamente transformador e que estamos convencidos de que dá certo”, afirma Pedro Paulo Diniz, fundador da Fazenda da Toca e da Rizoma, em uma entrevista.
Superar desafios para conquistar o mercado
No último ano, além dos desafios agronômicos — como controlar as plantas daninhas organicamente em uma produção de larga escala — a Rizoma precisou destravar crédito, adaptar tecnologias, desenvolver logística e infraestrutura, aprimorar processos de qualidade e construir relacionamento com indústrias de alimentos de primeira linha.
Ao ser questionado sobre onde estará a Rizoma daqui há 5 anos, Fabio Sakamoto responde:
“Vejo a Rizoma produzindo 2 milhões de toneladas de grãos orgânicos em parceria com os melhores produtores do Brasil, provando que é possível fazer uma agricultura de alto valor agregado e com impacto ambiental positivo. E isso será só o começo. O nosso case vai mostrar para o mundo o potencial do Brasil para a agricultura regenerativa e haverá uma mobilização massiva de recursos não só para grãos, mas para a pecuária carbono negativa, frutas em agrofloresta, etc.”, comenta o sócio.
A empresa pretende desenvolver a cadeia regenerativa orgânica construindo uma rede de produção de alto rendimento capaz de produzir ingredientes com escala e velocidade suficientes para suprir a lacuna entre oferta e demanda do mercado.
Em um vídeo gravado no Global Agribusiness Fórum, Marcelo Marzola, sócio de Pedro, conta como a Rizoma levará a agricultura regenerativa para outro patamar no Brasil.
Aumentando a rede de conhecimento
Além de gerir a sua própria produção, a Rizoma capacita produtores parceiros, implementando em suas fazendas os protocolos regenerativos orgânicos que garantem a qualidade, a rastreabilidade e o impacto ambiental positivo dos seus cultivos.
Ela também fornece suporte agronômico, operacional, logístico e comercial, ajudando empresas de alimentos a desenvolver novos produtos regenerativos e contribuindo para o avanço de uma cadeia alimentar cada vez mais sustentável.
Impacto social, renovação dos recursos naturais e economia alternativa são o tipo de iniciativas que ajudam a cultivar um mundo melhor, e que nós do Rabobank apoiamos e estamos ao lado da Rizoma.
Fonte: Medium
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.