Proteínas produzidas a partir de culturas orgânicas são promissoras para alimentação de aves.
Cultivadores biológicos de animais monogástricos (aves, suínos e peixes) estão enfrentando uma série de desafios.
Os mais graves são:
1. Quantidade suficiente de proteína orgânica alimentar com os aminoácidos necessários, a um preço competitivo;
2. Baixa produtividade das culturas de não-leguminosas e baixo valor de culturas de leguminosas em rotações de cultura orgânica, em áreas com pouca produção de leite;
3. Falta de fertilizantes orgânicos.
Devido a estes desafios, os agricultores biológicos precisam importar alimentos para animais e usar esterco de fazendas convencionais. O alvo do projeto orgânico da RDD, o OrganoFinery, é o de fornecer soluções para estes problemas através do desenvolvimento de uma biorrefinaria verde, onde as culturas orgânicas são ao mesmo tempo utilizadas para a alimentação animal, para fertilizantes e para a produção de energia (metano).
Um dos objetivos do projeto é identificar as culturas orgânicas adequadas para explorações agrícolas com uma necessidade geral de nitrogênio. Fornecimento de nitrogênio suficiente é essencial para a produção de proteínas, essenciais para as leguminosas. O cultivo consorciado com leguminosas é interessante para os produtores de alimentos orgânicos nessas culturas, acumulando nitrogênio biológico por fixação. Estas culturas são capazes de produzir grandes quantidades de proteína, mesmo quando há um baixo nível de nitrogênio no solo e no uso de fertilizantes.
Além disso, as leguminosas têm um efeito positivo, contribuindo para o suprimento de nitrogênio para as culturas subsequentes, e que tem um papel importante a desempenhar na rotação de culturas. O Trevo Vermelho foi escolhido como um modelo de cultura para OrganoFinery, mas também estão sendo estudados o trevo, a alfafa e o nabo.
Os primeiros ensaios foram realizados neste último verão, em experiências de pequena-escala, com exemplares recém-colhidos de trevo vermelho e trevo comum. Imediatamente após a colheita, as biomassas de ambas as culturas foram mecanicamente separadas em um líquido verde e uma torta, com uma prensa de parafuso (Figura 1). Proteína orgânica alimentar foi produzida pela fermentação do ácido láctico do suco verde. A extração das proteínas foi baseada em uma técnica já desenvolvida para extrair proteínas de alfafa.
O método de separação de proteínas a partir de alfafa foi desenvolvido pelo bioteste realizado pela AAU, em um programa comum da Biorrefinaria BIOREF (FØSU concessão 2101-08 -0041) (Kiel, P. 2012). O método de extração de proteína da alfafa envolve precipitação das proteínas com ácido sulfúrico, que no OrganoFinery é substituída pela fermentação do ácido láctico, a fim de desenvolver um processo que está em conformidade com princípios biológicos.
Os resultados dessa fermentação foram:
1. Uma pasta de proteína, sem tirar suas qualidades naturais, adequadas para o desenvolvimento de alimentos protéicos para as galinhas
2. Um suco marrom, que vai ser estudado junto com a torta gerada pela prensa como um substrato para digestão anaeróbica.
A intenção agora é analisar a capacidade do suco marrom, se pode servir tanto como fonte de Carbono como de Nitrogênio, e assim, substituir o estrume no processamento de biogás. Além disso, os digestores produzidos na digestão anaeróbia, serão avaliados como adubo orgânico para as culturas.
Clique aqui para ver o documento em inglês, em pdf, com mais resultados sobre o OrganoFinery
Fonte: ICROFS
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