Castanha de baru do Cerrado é certificada como orgânica
A castanha de baru coletada por meio do extrativismo sustentável em reservas do Cerrado do Grande Sertão Veredas, na região Noroeste de Minas Gerais conquistou a certificação de orgânica. Até o momento, oito propriedades foram certificadas pelo Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD). Além de agregar grande valor ao produto final, a certificação de orgânica abre mercados e a expectativa é também exportar o produto.
A castanha de baru orgânica será lançada no mercado durante a 4ª Feira Internacional Exclusiva para Setor de Alimentos e Bebidas, a Anufood Brazil 2023, que acontece de 11 a 13 de abril, em São Paulo.
De acordo com a analista técnico do Sebrae Minas, Daniele da Silva Moreira, o baru orgânico é cultivado por agricultores familiares, e a conquista do selo veio após um período de diversas adaptações e também da comprovação de um manejo sustentável e boas práticas agroecológicas.
A castanha de baru e outros produtos oriundos do bioma são beneficiados e comercializados pela Cooperativa Regional de Base na Agricultura Familiar e Extrativismo (Copabase), com sede na cidade de Arinos. Ao todo, a associação conta com 70 produtores, mas cerca de 300 famílias estão envolvidas com a cadeia do baru. Por ano, mais de 12 toneladas de castanhas são beneficiadas pela Copabase.
“A certificação é a chancela de que o produto segue procedimentos desenvolvidos há anos. Há uma série de condutas, de legislação, de manejo e procedimentos que as cooperativas e os cooperados devem seguir e o selo veio atestar esse trabalho que foi desenvolvido”, disse Daniele.
Segundo os dados do Sebrae Minas, a castanha de baru é rica em nutrientes. Fruto nativo do Cerrado brasileiro, o baru pode ser usado em diversas receitas culinárias, na forma de petisco ou como farinha para a produção de barras de cereais, bolos, cookies, pesto, entre outros.
Preço médio
Com a certificação, a estimativa é que haja uma agregação de valor importante. Atualmente, o preço médio do baru convencional para o consumidor final é de R$ 100 o quilo. Para o mercado internacional, o produto com o selo orgânico pode sofrer um ágio de até 30% do seu valor. A diferença de preços é um diferencial que está incentivando outros agricultores da cooperativa a se adequarem às normas e buscarem a certificação.
“A agregação de valor é algo primordial. O baru é a primeira castanha que foi certificada como orgânica. O processo para a conquista do selo orgânico é criterioso e os produtores precisam de uma série de documentação e de comprovações. Conseguimos certificar oito propriedades”, acrescenta a analista.
Ainda segundo Daniele, a certificação orgânica conquistada pela castanha de baru é um importante passo para a abertura de novos mercados.
“Considerando o mercado externo, a certificação traz grandes vantagens. Hoje, o baru já é um superfood brasileiro – alimento que dispõe de uma grande quantidade de nutrientes e poucas calorias – é uma castanha com grande valor nutricional agregado e a certificação comprova que todo o trabalho que vem sendo desenvolvido há anos”, finaliza.
Fonte: Diário do Comércio
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