
Baru-Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico
Espécie típica do cerrado. Desenvolve-se a pleno sol e prefere solos areno-argilosos. Nas áreas de ocorrência tem distribuição irregular, mas pode ocorrer agrupamento de árvores. A polinização das flores é realizada principalmente por abelhas e morcegos. O baru é importante alimento para diversos grupos de animais silvestres como aves, morcegos e macacos. Principais usos e produtos: A polpa e a amêndoa do fruto são utilizadas na alimentação humana. A amêndoa pode ser consumida ao natural ou torrada. O óleo da amêndoa é medicinal. Diversos produtos têm sido fabricados usando como matéria-prima polpa e amêndoa de baru, tais como: sorvetes, pães, bombons, biscoitos, licores e cachaças. A polpa é excelente também para os animais de criação. A planta pode ser utilizada na ornamentação de parques e nas áreas rurais como cerca ou moirão vivo, fornecendo boa sombra para os animais.

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Carnaúba
A carnaúba é uma palmeira nativa do Brasil, símbolo dos estados do Piauí e Ceará, em razão da sua importância para as comunidades e para a economia desses estados. Por estar verde durante o ano inteiro, independentemente do período chuvoso, ela simboliza a resistência. A palmeira auxilia na conservação dos solos, protege os rios da erosão e do assoreamento, fornece abrigo e alimento para a fauna nativa, e possui múltiplos usos, que vão desde o paisagismo até o beneficiamento de suas palhas. É chamada também de “Árvore da Vida”, pois todas as suas partes podem ser utilizadas.

Buriti – Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico
O buriti pertence à família botânica Arecaceae, com nome científico Mauritia flexuosa L.F., sendo conhecido também pelos nomes populares: buriti, miriti, muriti, carandá-guaçu, moriti, palmeira-do-brejo, moriche, aguaje ou carangucha. Essa palmeira tem ocorrência em toda a Amazônia, Brasil Central, ocorrendo ainda na Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e São Paulo, em florestas fechadas ou abertas, sobre solos mal drenados e francamente arenosos, em áreas de baixa altitude até 1000 m, sendo considerada a palmeira mais abundante do país (LORENZI, 2004).

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Castanha
A área de ocorrência da castanheira abrange as regiões amazônicas, estendendo-se da Bolívia, Peru e Brasil, até o escudo das Guianas, compreendendo o Suriname, as Guianas e o sul da Venezuela, na região do Rio Negro. As áreas de terra firme são os locais em que a espécie apresenta bom desenvolvimento, não tolerando áreas alagadas ou de grande retenção de água. Ocorre agrupamentos de 50 a 100 indivíduos, com 1 a 26 árvores adultas por hectare.

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Caroá
O caroá é uma planta nativa da Caatinga que é muito utilizada para ornamentação e para extração de fibras que são usadas para fabricação de artesanato, (nome cientifico: Neoglasiovia variegata), também conhecido como gravatá, gravá, caruá, croatá, caraguatá e coroatá, é um tipo de bromélia de poucas folhas, com flores vermelhas ou rosadas. Seu nome vem da palavra em tupi kara wã, que significa talo com espinho.

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Pequi
A boa produção depende dos cuidados para a conservação da área de manejo e diminuição dos impactos das atividades extrativistas ou agropecuárias em torno do pequizal. Deve-se avaliar bem a necessidade de abertura de novos caminhos e trilhas e, principalmente, proteger essas áreas contra o fogo, comum no período de seca. É importante observar e estar atento à produção, à renovação do pequizal, à presença de animais silvestres, ao desmatamento ou à contaminação devido a práticas como o uso de agrotóxicos.

Caderno de Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Açai
O caderno vai contribuir para a melhoria da produção orgânica no Brasil e para a adequação dos/as produtores/as extrativistas à Lei Nº 10.831/2003 e seus regulamentos. O caderno pode ser utilizado com ou sem a ajuda de técnicos/as. O esperado é que toda a família se envolva no preenchimento. Enquanto a família elabora o projeto extrativista, se aprofunda nos principais conhecimentos para um manejo extrativista orgânico, fundamentado em princípios agroecológicos.

Boas Práticas Extrativismo Sustentável Orgânico – Licuri
No caso da produção orgânica, a elaboração e execução de Projetos Extrativistas Sustentáveis Orgânicos representa um dos grandes desafios na gestão dos recursos naturais e uma estratégia fundamental para promover a conservação da biodiversidade e a valorização mercadológica, social e ambiental dos produtos oriundos do extrativismo.

Agricultura familiar une tradição e negócios
A agricultura familiar brasileira é a oitava maior produtora de alimentos do mundo, sendo responsável por 23% do valor bruto da produção agropecuária e por 67% das ocupações no campo do país. Além de demonstrar a participação que este tipo de produção tem na economia do Brasil, os indicadores apontados pelo Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023 também destacam o grande potencial de crescimento, caso políticas públicas voltadas para o segmento sejam adotadas de maneira mais consolidada.

Castanha de baru do Cerrado é certificada como orgânica
A castanha de baru coletada por meio do extrativismo sustentável em reservas do Cerrado do Grande Sertão Veredas, na região Noroeste de Minas Gerais – conquistou a certificação de orgânica. Até o momento, oito propriedades foram certificadas pelo Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural (IBD). Além de agregar grande valor ao produto final, a certificação de orgânica abre mercados e a expectativa é também exportar o produto.