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Bioinsumos a partir das contribuições da Agroecologia

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Rio, 2 de outubro de 2024.

Os bioinsumos são bens ou serviços, oriundos de organismos vivos ou de seus processos de transformação, utilizados na produção de outros bens e serviços em sistemas de produção animal e vegetal, desde a produção primária até a pós colheita, processamento e armazenamento. No contexto da agroecologia e na produção orgânica, deve ser entendido como um conjunto de ações estratégicas para o desenvolvimento de alternativas de produção, que estimulem a adoção de práticas sustentáveis com o uso de tecnologias desenvolvidos a partir de recursos renováveis, estimulando a autonomia e valorizando a sociobiodiversidade. Os bioinsumos estão na pauta das discussões nacionais sobre a legislação, normativas e regulamentação. O Brasil lançou em 2020 o Programa Nacional de Bioinsumos que congrega várias iniciativas para estimular o setor no país. Nesse contexto atual e de perspectivas futuras, este artigo objetiva fornecer subsídios para o debate dos bioinsumos a partir da contribuição da agroecologia.

Não há dúvidas de que os bioinsumos são considerados a nova fronteira de expansão agrícola do país. Sobretudo porque os bioinsumos tem em sua base o uso da matriz biológica existente na natureza, como as substâncias bioativas e a diversidade vegetal, animal e microbiana acima e abaixo da superfície do solo. Em outras palavras, é possível dizer que as possibilidades de combinações tendem praticamente ao infinito.

É fato que não existe um conceito amplamente utilizado na literatura e que abrange a complexidade e todo o escopo que envolve a demanda de usos destes insumos para o sistema produtivo. Portanto, no Brasil, é comum que o termo “bioinsumo” seja usado como sinônimo de outros termos como “produto biológico”, “bioproduto”, “produto de base biológica” ou ainda como exemplos de produtos desta natureza, tais como bioinseticidas, biofertilizantes, inoculantes, entre outros. De forma complementar, na grande maioria das vezes, o termo é associado aos sistemas agrícolas, ocultando seu grande potencial de aplicação na produção animal e no processamento de produtos de origem animal e vegetal (VIDAL et al., 2020).

É natural que essa relação aconteça já que, no Brasil, os avanços técnicos-científicos e legislativos do setor de bioinsumos têm sido realizados especialmente no setor agrícola para o manejo de insetos e doenças, bem como relacionados à nutrição de plantas e à fertilidade dos solos, o que pode ser constatado pela tecnologia dos inoculantes amplamente utilizados, por exemplo, no cultivo de soja e pela liderança no mercado de produtos para controle biológico de pragas, referenciado pelos produtos comerciais disponíveis.

O diálogo acerca dos bioinsumos está centrado na agenda potencial que apresentam para uso em um contexto mais ampliado, que possa considerar as dimensões da agroecologia e o potencial local que estimula a autonomia nos territórios. Trata-se de uma agenda positiva – transversal aos diferentes sistemas produtivos em contexto nacional e internacional. Os bioinsumos se alinham perfeitamente às necessidades de desenvolvimento nacional e aos
compromissos internacionais, tais como os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Os bioinsumos representam o novo, o moderno, instrumentalizam a bioeconomia (Mazzaro et al., 2022). Da mesma forma, o tema dialoga com a sustentabilidade (Altieri, 1989) em seu mais alto grau, nas políticas públicas e programas nacionais e internacionais. Os bioinsumos são a primeira fase da indústria da bioeconomia do Brasil, cuja lógica da sustentabilidade evolui a partir destes bioativos, suas indústrias de transformação, sejam farmacêuticas, agrícolas, cosméticas etc, para então fornecer a base para uma transição de matriz energética, que contemple um novo processo para o país. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo apresentar subsídios para a construção do debate sobre os bioinsumos, tendo como norteadores os princípios e as dimensões da agroecologia.

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra a publicação da Embrapa: “Bioinsumos a partir das contribuições da Agroecologia“: 

Fonte: Embrapa

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Produtor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

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Clique na imagem abaixo e confira a publicação Como Produzir Milho Orgânico? da Sociedade Nacional de Agricultura:

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