Agroecologia e produção orgânica de leite: Transição e produção
Atualmente, o grande desafio das ciências agrárias é manter a produção agrícola em níveis tais que sustentem uma população em crescimento, sem com isto contribuir para aumentar ainda mais a degradação e agressão do meio ambiente. Existe um reconhecimento, não só da comunidade técnico-científica como também dos governos, sobre a necessidade de adoção de ações que promovam um redirecionamento das atividades agropecuárias, a fim de garantir a conservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
Os baixos índices técnicos do setor leiteiro, como, por exemplo, taxa de lotação média de 0,5 UA/ha de pastagem e produtividade aproximada de 1.297 kg/vaca/ano de leite, evidenciam que aumentos da produtividade são necessários para atender às necessidades de consumo no Brasil. O potencial do Brasil para produzir leite tem como base, por exemplo, 22,435 milhões de vacas ordenhadas (ZOCCAL, 2012) e 80 milhões de hectares disponíveis somente no Cerrado (ALVIM, 2003). Os índices apresentados sugerem que a intensificação da produção de leite seja urgente e imperiosa.
Anais do curso de produção de leite orgânico 13 Naturalmente, os processos dessa intensificação deverão levar em conta a utilização de animais com bom potencial produtivo, provenientes de raças adaptadas às condições dos diferentes biomas a serem exploradas e forrageiras promissoras, adaptadas ao meio e que respondam aos insumos e água, levando-se em conta a preservação ambiental. Neste sentido, a produção orgânica de leite pode ser uma opção para o produtor que tem como desafio aumentar a produção sem degradar o meio ambiente.
Segundo a FAO (1999), define-se como agricultura orgânica a produção holística de um sistema de manejo, que promove e estimula a saúde do agrossistema, incluindo a biodiversidade, ciclos biológicos e a atividade biológica do solo. O sistema de produção orgânica preconiza, ainda, práticas de manejo em preferência ao uso de insumos externos à propriedade, levando-se em conta a adaptação dos sistemas às condições regionais. Soma-se a esse pressuposto o uso, sempre que possível, de práticas agronômicas, métodos mecânicos e biológicos, em detrimento do uso de materiais sintéticos para realização das funções de um determinado sistema. Enfim, pressupõe-se que, além de criar o animal de forma saudável, é necessário que o pecuarista esteja preocupado com a preservação ambiental, onde todos os princípios da agroecologia devem ser utilizados.
A produção orgânica de leite é uma demanda atual da sociedade. O consumidor deseja um produto de qualidade, a preço justo, saudável do ponto de vista de segurança alimentar, livre de perigos biológicos (cisticercose, brucelose, tuberculose, príons, etc.), perigos químicos (carrapaticidas, antibióticos, vermífugos, hormônios, etc.) e produzidos com menor uso de insumos artificiais e cuidados em relação ao bem-estar animal. Além do que, existe a preocupação atual com a preservação do meio ambiente e a biodiversidade e com o papel social da atividade agropecuária, com a geração de empregos no campo e diminuição do êxodo rural (SOARES, 2008; SOARES, et al., 2011).
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Fonte: Embrapa
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