Leite e queijos orgânicos

Numa propriedade em Cássia dos Coqueiros (SP), a 80 quilômetros de Ribeirão Preto (SP), os italianos Piero Alberti e a esposa, Patrizia, desejavam reproduzir um modelo que vem dando certo há 30 anos na Fazenda Poggio di Comporbiano, na Toscana, onde fabricam, desde 1988, mais de 20 tipos de queijos a partir de leite orgânico. “Os orgânicos têm se mostrado, no Brasil, uma estratégia bastante interessante”, indica Alberti. O crescimento da preocupação com vida saudável se reflete na maior procura por produtos sem agrotóxicos e explica que esse tipo de de cultivo envolve, também, uma mudança de conceito, que exige cuidado extremo com o solo, com a água e harmonia com a natureza.
Na fazenda em Cássia dos Coqueiros, as 130 cabeças de gado jersey, das quais 65 em lactação, se alternam entre o pasto e barracões do sistema de compost barn, que oferecem sombra e uma “cama” orgânica para que que possam descansar. A produção é baseada na rotação de culturas, e enquanto ocupam uma área com o gado, aveia, capim-azevém e alfafa, nutrem os solos
Dos mil litros tirados todos os dias, metade é entregue para uma multinacional, e a outra metade segue para a produção de dez tipos de queijos, na propriedade. Se bem o empreendimento brasileiro não é comparável com o italiano, os sócios planejam crescer e ter pelo menos, 100 vacas em lactação.
Alberti, no entanto, faz duas ressalvas, que, na visão dele, impedem um crescimento mais rápido. O primeiro são os preços praticados no Brasil. “Tem alguns intermediários que trabalham com orgânicos que querem lucros exorbitantes, de 100%, 150%. Se um alimento orgânico tivesse um valor 30% a 40% maior que um convencional, já estaria de bom tamanho”.
Alberti pretende ampliar o percentual de vendas direcionado ao consumidor final e explica que uma parte dos queijos já é comercializada na fazenda, onde o casal recebe visitantes interessados s em saber como funciona a produção. “Na Itália, 85% do que fabricamos são comprados diretamente pelo consumidor final. Aqui no Brasil, com o aumento do interesse e do consumo de orgânicos, podemos nos aproximar disso,” mas explica que um problema é a carência de mão de obra.
Leia a noticia completa: G1, O Globo
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