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Joe Valle traça panorama do mercado de orgânicos no DF

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Rio, 22 de dezembro de 2020.

“Economia dependente do dólar e alto índice de insumos importados são os motivos que fizeram com que os alimentos sofressem com altos preços”, diz Joe Valle, empresário da Malunga, a maior rede de orgânicos do país. O empresário explica que a junção de aumento do dólar e aumento de custo de produção pressionou os valores dos alimentos. A falta de parte das matérias-primas e de equipamentos de irrigação também contribuíram para a subida de preços.

Contudo, a previsão de melhora é a partir de janeiro, devido ao período de colheitas que ocorre entre o começo do ano até junho. “Isso certamente vai reabastecer os estoques, pois estamos agora no período de chuvas, ou seja, a entressafra, e os produtos de origem animal como leite, queijo, carne e ovos estão pressionados porque os insumos básicos que são os farelos, assim como o farelo de soja, estão com um preço elevado devido a esse período entre colheitas”, pontua.

Joe Valle participou nesta sexta-feira (18/12) do CB.Agro — uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília. 

Valle revela que há certo risco de uma baixa produção no Centro-Oeste devido à estiagem na região. “Contudo, como temos um país continental, uma região sempre consegue suprir a outra nesses casos. Importante ressaltar outra característica que costuma causar aumento de preços nesse período do ano: a maior parte das frutas, legumes e verduras, durante o período das chuvas, possui maior dificuldade de produção. 

Mercado de orgânicos no DF

Valle diz que existe um paradigma a respeito dos valores de produtos orgânicos. “Muitas vezes, as pessoas nem acessam a prateleira de orgânicos porque já dizem que será mais caro. E realmente, devido à oferta e demanda, e o custo de produção sem certeza de resultados, geralmente, esses produtos possuem um valor mais alto”.

No entanto, o empresário defende que consumir produtos orgânicos tem uma questão de causa e efeito, pois, ao comprar esses alimentos, o consumidor ajuda as famílias produtoras a continuarem sua vida no campo. “Além disso, o orgânico deixou de ser uma novidade e se tornou uma tendência, as pessoas querem comer melhor alimentos que causem menos danos ao meio ambiente”.

Mesmo preço

Para facilitar o acesso em regiões de menor poder aquisitivo, Valle pretende montar bancas com venda de produtos no mesmo preço dos alimentos convencionais. “Queremos abrir bancas na cidade Estrutural e em Itapoã, com preços que permitam o acesso de todos. A ideia é que se desenvolva uma horta urbana, e que o Malunga irá complementar com doações da nossa fazenda. Ou seja, as instituições do terceiro setor vão cuidar da venda e esse recurso será convertido para a instituição. O compromisso é vender no mesmo preço convencional para que as pessoas tenham acesso a alimentos orgânicos”, conta.

Também há projeto de convênio com o governo para abastecer escolas. “Temos projeto na secretaria para realizar compras governamentais, principalmente dos agricultores familiares. Brasília já tem uma base de política pública, assim como legislativa, para permitir ao Executivo tornar Brasília mais uma vez exemplo para todo o Brasil”, defende.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

Leia a noticia completa: Fonte: Correio Braziliense

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Consumidor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Produtor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

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