Europa: Setor orgânico apela aos Ministros da Agricultura priorizar inovação agroecológica

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Numa carta enviada aos Ministros antes da Reunião Informal do Conselho de Ministros da Agricultura da Europa, de 3 a 5 de Setembro, onde os Estados-Membros realizarão uma troca de opiniões sobre o tema “Novas tecnologias para uma agricultura mais sustentável e resiliente”, a IFOAM Organics Europe argumenta que uma combinação de estratégias preventivas para gerir pragas e doenças e ferramentas agronómicas de baixo consumo baseadas em interações que já ocorrem na natureza tem mais probabilidades de trazer sustentabilidade e resiliência a longo prazo aos nossos sistemas agrícolas do que soluções tecnológicas como pesticidas sintéticos ou edição genética plantações.

Segundo Eduardo Cuoco, diretor da IFOAM Organics Europe: “A inovação no melhoramento de plantas é necessária, mas não deve ser reduzida ao uso de tecnologias de edição genética, cujos alegados benefícios para a sustentabilidade são atualmente baseados em suposições. Além disso, um produto ou sistema de produção agrícola não deve ser declarado “sustentável” apenas com base no uso de uma determinada variedade vegetal, muito menos de uma característica.”

A inovação no melhoramento de plantas é necessária, mas não deve ser reduzida ao uso de tecnologias de edição genética”

Cuoco continua: “As esperanças de benefícios baseadas em suposições não devem levar ao desmantelamento de regulamentos cruciais de biossegurança, que até agora contribuíram para a competitividade da agricultura europeia e para a reputação de qualidade dos produtos alimentares europeus, tanto nos mercados internos como nos mercados de exportação. Manter a rastreabilidade e a rotulagem da utilização de tecnologias de edição genética é também fundamental para evitar a aquisição do sector europeu da criação por parte das grandes empresas de biotecnologia e de pesticidas que detêm as patentes sobre OGM e NGT e que utilizam o sistema de patentes para construir monopólios sobre a genética. materiais e características, em detrimento das centenas de PME que enriquecem o sector da criação europeu. Os decisores políticos devem prestar total atenção a quem serão os vencedores e os perdedores da promoção de tecnologias específicas. O acesso aos recursos genéticos, a preservação de um património genético livre de modificações genéticas e de direitos de propriedade intelectual monopolistas, e a capacidade de reprodução independente são essenciais para a soberania alimentar da União Europeia.

Fonte: Bio Eco Actual, International Organic Newspaper

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