Circuitos Curtos de Comercialização, Agroecologia e Inovação Social
Este livro é resultado do encontro de alguns temas dos mais relevantes em torno da questão agroalimentar atual. A reunião de autores para refletir sobre circuitos curtos de comercialização, agroecologia e inovação social promoveu a conexão de profissionais e pesquisadores orientados por diversas abordagens teóricas e envolvidos em diferentes experiências práticas. Essa diversidade e sinergia nos mobilizou para organizar esse livro. Mais que o encontro de temas e autores, quisemos marcar um encontro entre diferentes teorias e práticas, e assim dividimos o livro em duas partes: uma que reflete sobre casos que mereceram análises aprofundadas de suas práticas, mobilizando diferentes teorias; outra que apresenta experiências na forma de fichas técnicas, visando em cada caso explicitar um “passo a passo” para agentes públicos e privados que as queiram replicar. A presente obra não formula todas as perguntas e nem traz todas as respostas possíveis às temáticas postas, mas procurou trabalhar as perguntas mais pertinentes para compreender respostas e desafios que se colocam na intersecção entre circuitos curtos de comercialização e outras formas de inovação social para promoção da agroecologia e agricultura orgânica. Todas essas reflexões lançam olhares atentos para contextos onde a agricultura familiar tem papel central, seja porque é o setor que tem mais destaque na produção orgânica e agroecológica, seja porque é o que mais necessita de respostas e alternativas para inserção aos mercados. 18 Esperamos que nosso esforço resulte em uma obra que oportunize a qualificação do debate e das reflexões sobre alternativas e inovações para ampliar os circuitos curtos de comercialização para a agricultura familiar agroecológica e orgânica.
A alimentação humana tornou-se um fato social de ordem maior nos anos recentes. É claro que o acesso aos alimentos sempre esteve no centro do processo civilizatório, na constituição e evolução dos hominídeos. Basta lembrar que o surgimento da agricultura, a cerca de 10 mil anos atrás, resultou de um duplo processo, que foi ao mesmo tempo a domesticação de animais e o cultivo de plantas e a fixação de agrupamentos de omnívoros que passaram a ocupar e se reproduzir de forma permanente em determinados territórios. A bem da verdade, para os humanos, o problema alimentar continua a atormentar. Mas a natureza do problema mudou consideravelmente de hoje para o passado. Hodiernamente, a questão alimentar não é mais uma questão de luta dos humanos contra a natureza para fazer frente às carências e necessidades biológicas. As sociedades contemporâneas alcançaram um patamar em que há oferta suficiente de alimentos, fibras e matérias-primas para que nenhum ser humano fique sem comida. O problema atual já não é falta de produção ou de oferta, mas incapacidade, incompetência e ganância. Nós, humanos que habitamos o planeta terra neste 2021, fomos capazes de domesticar variadas espécies de plantas comestíveis, domesticar animais bravios para consumir sua proteína, capturar peixes no mar e nos rios, mas estamos falhando rotundamente em produzir, beneficiar e consumir de modo parcimonioso e sustentável.
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Fonte: Moacir Roberto Darolt & Oscar José Rover
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