Pedro Paulo Diniz faz de fazenda da família uma incubadora de sustentabilidade
Era de moto de enduro que aos 10 anos ele explorava os campos e a gruta da Fazenda da Toca. “A motinha era meu cavalo”, brinca Pedro Paulo Diniz, ao rememorar temporadas na propriedade rural da família em Itirapina, a 217 km de São Paulo. Ele ex-piloto da F-1, criou um novo negócio associando a produção agrícola a sustentabilidade, associando agricultura, pecuária e floresta. Não se importa de ser tachado de “Poliana” ao apostar numa agricultura que regenera o planeta, em vez de destruí-lo. “Acredito nisso”, afirma.
A Fazenda da Toca, em São Paulo, é uma empresa Certificada B, certificação outorgada aos negócios de impacto positivo que visam o desenvolvimento socioambiental em paralelo com o lucro gerado pelas vendas.
Ao lado de um campo de golfe e de uma pista de polo que servem ao lazer dos Diniz, a Toca virou incubadora de um modelo inovador de agricultura que imita a natureza (segue a lógica da floresta reunindo na mesma área plantio de diferentes culturas), regenera o solo e abole agrotóxicos (faz controle biológico de pragas). “Foi virtude e desafio”, resume Pedro, referindo-se ao duro processo de validar o modelo de negócio.
A tentativa de dominar de produzir laticínio e sucos não foi bem sucedida, e forçado a demitir funcionários para sair do prejuízo, passou a produzir ovos orgânicos. “Tive que voltar atrás e simplificar o negócio”. “Hoje a Toca virou um bom negócio em três pernas: social, ambiental e financeiro”.

Quando nasceu seu filho primogênito, Pedro Paulo estava sob o impacto do documentário “Uma Verdade Inconveniente”, de Al Gore. “Que mundo vou deixar para esse moleque? O filme reforçou mais o desejo de investir em negócios sustentáveis. ”O ex-piloto quer deixar um legado para além da família, da Toca e do Brasil. Define-se como facilitador entre o homem, a natureza e o mercado. “Digo aos meus filhos que papai adora trabalhar junto com a natureza e vê-la prosperar fazendo bons negócios que ajudam a regenerar o planeta”.
Fonte, leia a matéria completa: Folha de São Paulo – Eliane Trindade
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