
Aprovadas em Plenário, regulamentação dos bioinsumos segue para sanção
O projeto da Câmara dos Deputados que regulamenta a produção, o uso e a comercialização dos bioinsumos na agropecuária foi aprovado no Plenário do Senado nesta terça-feira (3) e segue para sanção presidencial. Bioinsumos são produtos e tecnologias de origem biológica (vegetal, animal, microbiana e mineral) para combater pragas e doenças e melhorar o desenvolvimento das plantas. Entre outros pontos, o texto dispensa de registro bioinsumos produzidos para o consumo próprio nas propriedades rurais; estabelece mecanismos oficiais de estímulo ao uso de bioinsumos; e cria uma taxa para financiar o trabalho de fiscalização pelo Ministério da Agricultura.

Governo Federal anuncia R$ 546,6 bilhões em investimentos para impulsionar cadeias agroindustriais sustentáveis
Durante a cerimônia da Nova Indústria Brasil, Mapa e Petrobras assinaram Protocolo de Intenção para fortalecer a produção e o desenvolvimento de fertilizantes e insumos para nutrição de plantas.

Produção de bioinsumos “on farm” em vias da tornar-se ilegal no Brasil
Brasil se destaca em nível mundial na produção de bioinsumos. Mais de 60% dos agricultores brasileiros adotam biopesticidas e biofertilizantes, frente aos 33% dos europeus, segundo levantamento divulgado pela consultoria Mixay Company, em 2022. Mas, apesar dos números, produzir biofertilizantes e bioinsumos on farm, ou seja, dentro das fazendas, tem sido algo cada vez mais complicado no Brasil. O projeto de Lei 3668/21 do Senado Federal apresenta dispositivos que poderão impedir os agricultores brasileiros, inclusive de orgânicos, de produzirem seus próprios bioinsumos para o controle biológico de doenças no campo. Ou seja, se aprovado, o PL proibirá a produção de insumos biológicos on farm.

Produtos Biológicos: Inoculante? Biodefensivo? Como são classificados os diferentes produtos, segundo a legislação brasileira
O que diz a legislação sobre a classificação dos produtos biológicos registrados no Brasil. Atendendo uma demanda mundial, a aplicação de estratégias sustentáveis já é uma realidade cada vez mais presente na agricultura brasileira. A crescente utilização de produtos biológicos demonstra que tanto os agricultores familiares, quanto os grandes produtores de grãos estão atentos às tecnologias que vem surgindo diariamente. Os bioinsumos chegaram para ficar e são uma alternativa para a quem busca reduzir a utilização de produtos químicos.

Mercado de biológicos está se consolidando no Brasil
Em todo o mundo, as pesquisas relacionadas à agricultura se voltam para soluções sustentáveis que atendam à crescente demanda por alimentos. De acordo com projeção recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de alimentos deve crescer 15% na safra 2022/23 em relação ao período anterior. Com isso, devemos chegar à marca de 312,4 milhões de toneladas, 40,8 milhões a mais que o volume total alcançado em 2021/22. Esses números indicam que devemos nos empenhar em promover uma agricultura sustentável, capaz de alimentar o mundo sem comprometer a saúde humana e animal, além do meio ambiente. Cada vez mais, faz-se necessário investir em métodos de cultivo que utilizem recursos sustentáveis, que representam menos riscos e asseguram produtividade às lavouras.

Novo bioinsumo à base de algas melhora crescimento e defesa das plantas
O bioinsumo induz e aprimora processos fisiológicos em vegetais resultando em maior vigor e produtividade. A tecnologia foi desenvolvida por meio de parceria entre Embrapa, empresa Dimiagro, especializada no mercado de fertilizantes, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii). Consiste na mistura de extratos secos de uma cianobactéria com um fertilizante foliar que contém nitrogênio, fósforo e potássio, além dos micronutrientes boro, zinco e molibdênio. O novo produto pode ser categorizado como bioestimulante.

Bioinsumos: uso de fungos e bactérias para fertilizar o solo e combater pragas cresce no campo
Adubos químicos e agrotóxicos ajudaram o Brasil a se tornar um grande produtor de alimentos, mas reduziram a qualidade do solo. Por causa disso, alguns agricultores têm adotado os biológicos para melhorar a terra e aumentar a produtividade.

Estudo científico mostra pesticidas sintéticos significativamente mais perigosos do que os naturais
Das 256 substâncias ativas pesticidas principalmente sintéticas permitidas apenas na agricultura convencional, 55% carregam advertências de perigo à saúde ou ao meio ambiente; para as 134 substâncias ativas naturais que também são permitidas na agricultura orgânica, apenas 3% o fazem. Advertências sobre possíveis danos ao feto, suspeita de carcinogenicidade ou efeitos letais agudos foram encontrados em 16% dos pesticidas usados na agricultura convencional, mas em nenhum dos pesticidas aprovados para uso orgânico. A definição de valores de orientação baseados na saúde para ingestão ocupacional ou dietética aceitável foi considerada apropriada pela EFSA para 93% das substâncias pesticidas ativas convencionais, mas apenas 7% das substâncias naturais ativas.