O mercado orgânico na Itália: uma década de crescimento e transformação

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Rio, 27 de outubro de 2025.

Nos últimos dez anos, a agricultura orgânica na Itália experimentou uma expansão significativa, tanto em termos de consumidores quanto de produção. Essa evolução é reconstituída no estudo “AGRICULTURA ORGÂNICA: Uma Leitura do Desempenho Econômico e das Tendências de Mercado “, conduzido pelo Centro Studi Divulga , com base em diversas fontes oficiais e de mercado.

Crescimento do consumo

O consumo per capita de produtos orgânicos aumentou de € 35,3 em 2014 para € 65,8 em 2024 , um aumento de 85% , refletindo um interesse crescente por alimentos seguros, naturais e rastreáveis. O valor total do mercado atingiu aproximadamente € 4 bilhões .
Frutas e vegetais lideram, com 24,2% e 18,6% , respectivamente , seguidos por leite e laticínios ( 22,2% ). Óleos e gorduras vegetais e ovos frescos também aumentaram, enquanto carnes orgânicas e embutidos registraram um ligeiro declínio em relação a 2014.

Canais de vendas e perfil do consumidor

As compras são feitas principalmente em grandes varejistas (65%) e lojas de desconto (15%), enquanto as lojas tradicionais continuam a desempenhar um papel significativo, especialmente no que diz respeito a frutas, verduras e laticínios. Os principais compradores são jovens com menos de 34 anos, maiores de 65 anos e famílias com crianças pequenas. Rastreabilidade, naturalidade e segurança alimentar continuam sendo os fatores determinantes nas decisões de compra , enquanto preços mais altos e a falta de conhecimento sobre produtos orgânicos continuam sendo barreiras.

Expansão de terras agrícolas

As áreas agrícolas orgânicas aumentaram de aproximadamente 1,5 milhão de hectares em 2014 para mais de 2,5 milhões de hectares em 2024 , o equivalente a 20,2% do total da SAU . O sul e o centro da Itália lideram o ranking: Sicília, 402,8 mil hectares , Puglia, 318,5 mil hectares e Toscana, 237 mil hectares .

Operadores e certificações

O número de operadores certificados cresceu de 59,4 mil em 2015 para 97,2 mil em 2024 , um aumento de 62% , confirmando a posição da Itália entre os principais produtores orgânicos da Europa. A maioria dos operadores são produtores exclusivos e mistos.

Produção vegetal e animal

A produção orgânica italiana aumentou em quase todas as categorias principais:

Culturas permanentes para produção de alimentos : +264,2%, aproximadamente 3,8 milhões de toneladas em 2023

Azeitonas : +447%, aproximadamente 1,5 milhões de toneladas
Uvas : +297,4%, aproximadamente 993 mil toneladas
Trigo e espelta : +260,5%, cerca de 764 mil toneladas
Legumes frescos : +188,8% em relação a 2014, mas -7,6% em relação a 2022

Do lado da pecuária, foram registados aumentos significativos em:

Aves : +1572,8%
Leite para consumo : +909,7%
Queijos : +468,2%
Ovos : +224,5%
Pelo contrário, a carne de ovelha e cabra e o leite cru de ovelha e cabra sofreram reduções significativas.

Questões críticas e perspectivas

Apesar do crescimento constante, o setor orgânico italiano ainda enfrenta desafios. A disponibilidade limitada de sementes certificadas , os preços mais altos dos produtos e a baixa conscientização do consumidor sobre as características orgânicas são obstáculos ao pleno estabelecimento do mercado doméstico. O fortalecimento do setor exige a consolidação de cadeias de suprimentos sólidas, a garantia de transparência e confiança no produto e a promoção de uma cultura orgânica mais ampla. A década de 2014 a 2024, no entanto, mostra que o setor orgânico é agora consolidado , capaz de combinar sustentabilidade ambiental, qualidade e atenção à saúde do consumidor, com perspectivas de expansão futura nos mercados doméstico e internacional.

Por A equipe editorial

Fonte: Green Planet

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