Goiás sob pressão: como o ‘tarifaço’ dos EUA ameaça um mercado bilionário de açúcar orgânico
Goiás principal exportador brasileiro de açúcar orgânico para os Estados Unidos enfrenta uma crise sem precedentes. A imposição abrupta de uma tarifa de 50% mina sua competitividade e coloca R$ 2 bilhões do PIB estadual em risco. Enquanto indústrias já iniciam cortes na produção, o futuro do setor exige respostas rápidas do governo e novas estratégias de mercado.
No coração do Brasil, Goiás conquistou um espaço de destaque no mercado internacional como principal exportador nacional de açúcar orgânico para os Estados Unidos. Um produto de alta qualidade, cultivado com responsabilidade ambiental e que se tornou símbolo de inovação no agronegócio. Mas, de repente, esse caso de sucesso começou a enfrentar uma turbulência sem precedentes.
Tudo mudou quando o governo norte-americano decidiu aplicar uma tarifa de importação de 50% sobre o açúcar orgânico brasileiro. A decisão, tomada sem aviso prévio, fez o preço da tonelada saltar para US$ 357, comprometendo a competitividade e ameaçando diretamente o mercado que sustentou anos de crescimento no setor.
O impacto não é pequeno: economistas estimam que, se nada for feito, Goiás pode perder até R$ 2 bilhões no seu PIB, com prejuízos diários superiores a R$ 4 milhões. Para um estado cuja produção abastece quase metade da demanda americana, o golpe é profundo.
A concorrência só agrava o problema. Enquanto Colômbia, Paraguai e Argentina seguem exportando sem a mesma carga tarifária, o açúcar orgânico brasileiro sofre um aumento de custo quase duas vezes maior, deixando produtores goianos em clara desvantagem na disputa por clientes nos EUA.
O reflexo já começou a aparecer nas usinas. Algumas empresas reduziram turnos, cortaram produção e estão repensando investimentos. Dirigentes do setor, em conjunto com a Federação das Indústrias de Goiás (FIEG) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), pressionam o governo federal para uma reação diplomática e comercial que devolva fôlego ao mercado.
Além da barreira externa, há o peso da economia interna: a alta da taxa Selic, em torno de 15%, encarece financiamentos e dificulta a expansão ou modernização das unidades produtoras. Para um setor que trabalha com margens apertadas e custos de produção elevados, esse conjunto de fatores forma uma tempestade perfeita.
Fontes: Jornal Opção/CBN Goiânia
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