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Insumos biológicos crescem em ritmo acelerado

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Rio, 12 de maio de 2020.

Em 2018 foram registrados 52 defensivos biológicos no Brasil, de acordo com o Ministério da Agricultura. Um crescimento recorde de 12,5%. Em 2019 foram comercializados um total de 64 ingredientes ativos, 29 dos quais eram semioquímicos, outros 23 microbiológicos e ainda 12 agentes de controle biológico, e acordo com dados do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Em 2020 o registro de dois biológicos inéditos: um a base de extrato de alho, que poderá ser usado para o controle de e o outro é o registro de Amblysuius tamatavensis, um ácaro que controla a mosca-branca, praga que ataca a batata, tomate e feijão entre outras culturas.

Veja a conversa do Portal Agrolink  com o gerente da Koppert, empresa especializada neste tipo de produto,  Rodrigo Rodrigues.

Portal Agrolink: como vem percebendo a evolução deste mercado nos últimos anos? O produtor está mais aberto aos biológicos, associando biológico com químico, como é esse cenário?
Rodrigo:
a estimativa é de que o mercado de controle biológico no Brasil cresça em ritmo acelerado, de 20% a 25% ao ano, ultrapassando a expectativa de 17% para o mercado global. Além disso, o crescimento com o faturamento dos produtos biológicos de controle, que deve alcançar mais de US$5 bilhões no mundo em 2020, e é um incentivo para maiores investimentos no desenvolvimento de tecnologias para essa estratégia agrícola (dados da ABCBio divulgados no início de 2019). Apesar do forte crescimento apresentado no último balanço do setor, a comercialização de biodefensivos responde por menos de 2% do faturamento total do mercado de proteção de plantas. A adoção vem crescendo, mas ainda há muito espaço para avançar. O produtor que usa, entende os resultados e repete nas próximas safras, mas ainda precisamos convencer os mais céticos. 

Portal Agrolink: que tipos de produtos biológicos temos hoje e para que culturas, especialmente?
Rodrigo:
existem os macrobiológicos, que são insetos predadores, que parasitam os ovos das pragas e os microbiológicos, que abrangem, fungos, bactérias e vírus, que controlam uma infinidade de pragas e doenças. Praticamente todas as culturas utilizam controle biológico, pois os produtos são registrados por agentes, e não por culturas. Aparecendo aquela praga ou doença, pode ser utilizados. Temos clientes de grandes culturas comerciais como soja, milho, cana, café e algodão e também produtores de frutas, hortaliças e plantas ornamentais.

Portal Agrolink: tem algum tipo de produto que vem sendo mais demandado? Para que praga e cultura?
Rodrigo:
Challenger, o primeiro bioinseticida registrado para o controle do ACP (Asian Citrus Psilid), o vetor da doença nas culturas cítricas. O produto pode ser usado em combinação com a maioria dos produtos químicos recomendados para a praga, especialmente nas épocas de floração e colheita, reduzindo os resíduos de pesticidas no produto final (frutas ou sucos). Este produto foi desenvolvido em parceria com o Fundecitrus (Centro de Pesquisas da Indústria Cítrica) e a ESALQ / USP (Universidade de São Paulo), o PodisiBug (Telenomus podisi), uma vespa parasitóide para controle o percevejo de soja (Nezara viridula), o Trichodermil (Trichoderma harzianum) para controle de nematoides e fungos de solo e o Octane (Isaria fumosorosea) para controle das cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

Portal Agrolink: nos EUA o uso de biológicos é pelo menos umas 3 vezes maior que no Brasil. Que vantagens o produtor brasileiro pode ter em termos de controle de pragas e doenças e financeiramente também. 
Rodrigo:
entre benefícios financeiros, muitas vezes o controle biológico tem um custo menor e resulta numa melhor produtividade e também em termos de sustentabilidade, pois agregam valor ao produto final, que pode ter um preço diferenciado por conta de seu manejo ser mais sustentável. No caso da cana-de-açúcar, cultura para qual a Koppert tem um portfólio completo de produtos, a queda nos gastos podem chegar a 15%, quando comparados com os do cultivo convencional. Em relação ao controle de pragas e doenças, ele é bastante efetivo e atestado no mercado, mas infelizmente não há inimigos naturais comercializados para todas as pragas e doenças.

Fonte: Agrolink

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Consumidor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Produtor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

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