Cultivares de alho para agricultura orgânica
A produção de alho no Brasil é dividida em duas categorias: a primeira é formada por produtores que utilizam cultivares de alho nobre roxo, que produzem bulbos de alto valor comercial. A segunda agrupa os produtores de alho comum, também chamado de tropical ou semi-nobre, que são cultivares mais rústicas e menos exigentes em condições edafoclimáticas, mas que produzem bulbos de formato e aparência menos atrativa para o consumidor.
As cultivares de alho nobre apresentam bulbos com túnicas de coloração branca e bulbilhos com película de coloração roxa intensa e número de bulbilhos variando de 8 a 12 por bulbo. O alho comum ou semi-nobre possui a cor de bulbos variando de branca a creme com presença de estrias de antocianina, apresentando por isso aspecto arroxeado. Os bulbilhos têm película branca ou rósea e produzem no máximo 15 bulbilhos por bulbo.
As cultivares de alho nobre são originárias do Sul do Brasil, exigem mais de 13 horas diárias de luz e temperaturas mais baixas para formação dos bulbos. Nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste somente bulbificam quando são submetidas à vernalização (3 a 5o C por 50 dias) em pré-plantio. São cultivares de ciclo longo que podem passar de 180 dias na região Sul e nas outras regiões do país é necessário a vernalização pré-plantio, com o ciclo sendo reduzido para 120/130 dias.
As cultivares de alho comum ou semi-nobre, embora com menor aceitação comercial que o alho nobre, ainda são bastante utilizadas por pequenos produtores. São cultivares com baixa exigência em fotoperíodo para bulbificação, necessitando apenas 9 horas diárias de luz para desencadear este processo.
Desta forma podem ser plantadas em todas as regiões do Brasil sem necessidade de vernalização. São consideradas cultivares de ciclo intermediário, sendo colhidas entre 130 a 160 dias, inclusive no sistema orgânico, independente da região de plantio.
Fonte: Embrapa
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