Produtor de Orgânicos

Startup foi dos R$ 5 mil aos R$ 100 milhões unindo agricultores ao consumidor

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Rio, 17 de dezembro de 2024.

A startup paulista Raízs recentemente lançou um aplicativo para ampliar as vendas; em um mês, ele já é responsável por 33% da receita.

No Brasil, as estimativas são ainda mais otimistas, com o setor de alimentos e bebidas saudáveis alcançando US$ 25,8 bilhões em 2024, um crescimento anual de 4,4%.

Ainda assim, encontrar esses produtos — principalmente orgânicos e sustentáveis — de forma acessível e barata continua sendo um desafio para o consumidor.

Foi nesse contexto que, em 2016, o paulista Tomás Abrahão criou a startup paulista Raízs. Ela conecta pequenos agricultores de produtos orgânicos diretamente ao consumidor final e acaba de lançar seu primeiro aplicativo oficial. Em menos de um mês, o app já é responsável por 33% da receita.

A Raízs tem se destacado ao oferecer um modelo simples, mas eficiente, que busca garantir a entrega de alimentos frescos em larga escala.

Lá no início, o foco era em frutas, verduras e vegetais. O que mais vendia, relembra o fundador, era tomate, alface e banana. Hoje, a plataforma oferece muito mais: já tem a própria marca e vende pães, castanhas, queijo, suplementos e mais.

São 120 mil clientes registrados e uma meta de R$ 100 milhões em faturamento até 2026. “Não estamos aqui só para crescer rápido. Precisamos crescer de forma sustentável e manter nossa proposta de valor, tanto para o agricultor quanto para o cliente”, afirma o empreendedor.

Plantar a semente

]A história da Raízs começa com Tomás recém-formado, sem experiência em agricultura ou no mercado de alimentos. Ele se formou em engenharia e não tinha nenhuma vivência prática nesse setor, mas tinha interesse: passou a vida inteira vendo a mãe preparar pratos saudáveis e entendia a importância disso.

“Eu tinha R$ 5 mil na conta e, sinceramente, não sabia nem por onde começar. Mas sabia que o modelo fazia sentido”, diz Abrahão.

No início, a abordagem era simples: ir atrás de agricultores, convencer de que a plataforma faria sentido para eles e criar uma rede de produtores.

Para isso, Tomás se aventurou pelas estradas de São Paulo. Em uma das primeiras viagens, ele chegou a dormir no carro na cidade de Ibiúna, no interior do estado, enquanto tentava conversar com os agricultores.

O resultado? De 40 agricultores que ele tentou convencer, apenas 3 aceitaram.

“Foi difícil. Muitos preferiam continuar com os intermediários, mas eu não desisti. Eu sabia que, se conseguisse convencer um, os outros viriam”, diz ele.

Colher os frutos

A escalabilidade do modelo veio com o tempo, e, para isso, a Raízs teve que investir pesado em logística e tecnologia. “A grande questão era como escalar sem perder a qualidade”, diz Abrahão.

Foi só a partir de 2020 que as coisas começaram a dar certo em termos de escala. A Raízs terminou o primeiro ano de pandemia com um faturamento cinco vezes maior do que em 2019 e triplicou o quadro de funcionários para lidar com a alta demanda.

Logo depois a startup lançou o sistema de assinatura, o que trouxe uma receita recorrente e mais previsibilidade para o negócio. Agora, em 2024, a startup acaba de lançar seu aplicativo, que, no primeiro mês, já representa 33% da receita da empresa.

Segundo o fundador, o app tem sido fundamental não só para aumentar as vendas, mas também para alcançar um público maior e expandir a base de clientes.

Além disso, a Raízs continua diversificando seus produtos. Em 2024, a empresa adicionou mais de 2 mil novos itens à sua linha de Mercearia Saudável, com opções que vão de alimentos sem glúten, sem lactose, até produtos veganos, suplementos e bebidas saudáveis. Isso inclui, por exemplo, pães, ovos e até castanhas.

A Raízs tem planos de continuar aumentando sua base de clientes no Brasil, como a região do Nordeste e o Rio Grande do Sul, além de explorar mercados internacionais como a Argentina. Para 2025, a meta é dobrar o faturamento e ampliar a penetração de seus produtos.

Fonte: Exame

SAIBA MAIS:

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Clique na imagem abaixo e confira na íntegra o Guia do Consumidor Orgânico da Sociedade Nacional de Agricultura:

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