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Kimberlit inaugura fábrica de defensivos biológicos

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Rio, 3 de maio de 2019.

De olho num mercado que cresceu quase 80% em 2018, os sócios da empresa de fertilizantes especiais Kimberlit Agrociências inauguraram na terça-feira a fábrica de defensivos biológicos Bionat. Com sede em Olímpia, no interior de São Paulo, a Bionat nasce em um ambiente promissor. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), o segmento faturou R$ 464.5 milhões em 2018 e a expectativa é de avanço de 20% neste ano. Daí porque os donos da Kimberlit decidiram diversificar os investimentos.

“Os investimentos na primeira fase da Bionat devem ficar em R$ 25 milhões, com desenvolvimento e montagem da fábrica”, disse Luciano de Gissi, sócio e diretor industrial da Kimberlit. Segundo ele, já foram aportados R$ 5 milhões e outros R$ 20 milhões serão destinados à expansão. Além de recursos próprios, R$ 2.3 milhões vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

“É um mercado muito promissor. Há a questão da resistência aos químicos e não existe nenhum registro de resistência de pragas a biológicos”, disse Gissi, lembrando que os investimentos para desenvolver novos produtos biológicos são mais atrativos. “Para desenvolver uma nova molécula química, é preciso investir de US$ 450 milhões a US$ 500 milhões. O biológico vai de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões”, disse.

A nova fábrica está funcionando em fase de testes e deverá entrar em produção em escala em junho. A expectativa é iniciar a comercialização de dois fungos que funcionam como inseticidas biológicos, um para mosca branca e outro para cigarrinha, em agosto, mirando a safra de grãos 2019/20. Os produtos são genéricos e, assim, o tempo de registro é mais curto, de cerca de seis meses.

O número de produtos biológicos no país tem crescido vertiginosamente, apontou o executivo. Segundo ele, saltou de 19, em 2010, para cerca de 200 neste início de ano.

Até 2020, a Bionat deverá pedir o registro de outros fungos que funcionam como defensivos biológicos e desenvolverá, por meio de parcerias, produtos a partir de bactérias. Hoje, a Bionat tem parcerias com o Instituto Biológico de Campinas, com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Para o primeiro ano de operação, Gissi espera que o faturamento da Bionat alcance R$ 5 milhões. “Mas a fábrica tem capacidade para faturar R$ 12 milhões na primeira fase”.

Enquanto a startup Bionat engatinha, a Kimberlit celebra 30 anos. A empresa familiar, 90% do controle está nas mãos da família Gissi, teve receita de R$ 100.8 milhões em 2018, em um segmento que faturou R$ 7.6 bilhões com a venda de fertilizantes especiais, complementares aos NPK, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). O faturamento da Kimberlit em 2018 foi 25% maior que em 2017.

Assediada por potenciais compradores, os sócios da Kimberlit não descartam negociar, mas avaliam que podem melhorar os múltiplos de seu negócio. “Nossa margem Ebitda está em 30% e estamos crescendo em nível adequado. Dá para crescer muito ainda”, disse Gissi.

Para 2019, a empresa calcula crescer novamente 25% em faturamento. O avanço deverá vir das vendas dos 32 novos produtos registrados em 2018, a empresa tem cerca de 200 produtos no portfólio. No fim de 2018, a companhia adquiriu 50% de uma fábrica em Barretos (SP), a Embrafós, avaliada em R$ 39 milhões. A Kimberlit investe entre 5% e 5,5% de sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento.

Fonte: Valor Econômico

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