
CrowdFarming: o digital pela Agroecologia
Nova plataforma conecta cidades a produtores rurais de 12 países. Atende meio milhão de consumidores. Remunera camponeses até cinco vezes mais do que atravessadores. Mostra: tecnologia pode subverter lógicas predatórias no campo.
Abandonar o trabalho como policial para cultivar maracujá pode ser considerada uma virada na carreira bem pouco convencional. Mas foi isso que Sergio Quijada Domínguez fez quando a identificação de um problema cardíaco hereditário o obrigou a se aposentar aos 32 anos, após 14 anos na Guarda Civil da Espanha.

Mercado para farinha de trigo orgânica cresce no Brasil
Em 2021, o número de consumidores de alimentos orgânicos no País cresceu 63%, de acordo com a pesquisa “Panorama do consumo de orgânicos no Brasil”, desenvolvida pela Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) junto à empresa Brain Inteligência Estratégica e à iniciativa Unir Orgânicos. A pesquisa identificou que, em 2021, 31% dos entrevistados consumiu no período de 30 dias pelo menos um produto orgânico. Em comparação aos anos anteriores, esse número era equivalente a 19% em 2019 e 15% em 2017. Considerando um dos alimentos mais importantes para o brasileiro, o pão, o mercado de produtos orgânicos também vem crescendo.

Guaraná Antarctica ganha certificado de produção orgânica na Amazônia
A Ambev recebeu o selo de Certificação Orgânica de Produção Primária Vegetal (PPV) pelo plano de manejo orgânico na Fazenda Santa Helena, em Maués, no Amazonas. Concedido pelo IBD, principal certificadora de produtos orgânicos da América Latina, o selo é reconhecido globalmente. É na Fazenda Santa Helena onde são produzidos os frutos que dão origem ao Guaraná Antarctica. O cultivo é feito em pequenas áreas rodeadas de mata nativa, com práticas voltadas à agricultura regenerativa, uso de insumos naturais e atenção ao impacto social.

Fiscalizações de orgânicos em SP encontram 90% de amostras regulares
Nos últimos dois anos, menos de 10% das amostras coletadas em fiscalizações de produtos orgânicos no Estado de São Paulo feitas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) apresentaram resultado positivo para a presença de agrotóxicos. O dado indica que a produção, distribuição e venda desses alimentos têm sido levadas a sério pela grande maioria do mercado e que o consumidor, em geral, está sendo respeitado. As estatísticas foram divulgadas nesta primeira semana do ano pelo Núcleo de Suporte à Produção Orgânica de São Paulo (Nusorg-SP), vinculado à Superintendência Federal de Agricultura no Estado (SFA-SP), que é a representação estadual do MAPA.

Marfrig começa a processar carne orgânica no Brasil
A Marfrig, uma das maiores empresas de proteínas animais do País e do mundo, começou a processar carne orgânica no Brasil. A operação está concentrada, por enquanto, no frigorífico da empresa em Hulha Negra (RS). A matéria-prima vem do Uruguai, onde a Marfrig é o maior frigorifico de carne bovina. A planta tem capacidade para produzir 10.000 embalagens por dia, em dois turnos de operação. A carne orgânica é proveniente de animais alimentados exclusivamente a pasto, livres de fertilizantes sintéticos, hormônios anabolizantes e estimulantes de crescimento, segundo comunicado da Marfrig. O produto também apresenta um menor nível de gordura intramuscular e de colesterol.

Com 136 produtos, registro de defensivos de baixo impacto bate novo recorde em 2022
O Ato nº 64 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta sexta-feira (30) no Diário Oficial da União, traz o registro de 55 produtos formulados, ou seja, defensivos agrícolas que estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 27 são produtos de baixo impacto. Com a publicação dos últimos produtos registrados no ano, o Brasil bate novamente o recorde de registros de defensivos de baixo impacto em 2022. “Neste ano, foram 136 novos produtos formulados registrados, entre eles estão 79 produtos com uso autorizado para a agricultura orgânica”, ressalta a coordenadora-geral substituta de Agrotóxicos e Afins, Marina Dourado.

Mercado de insumos biológicos no Brasil poderá alcançar R$ 6.2 bilhões até 2025
Até 2025, o mercado de insumos biológicos no Brasil deverá movimentar R$ 6.2 milhões, com crescimento de cerca de 20% ao ano, segundo informações da Agrivalle. Nesse contexto, serão beneficiados os segmentos de bionematicidas, bioinseticidas, inoculantes e biofungicidas. Em 2020/21, esse mercado ficou em torno de R$ 3 milhões e para esse ano a estimativa é de R$ 3.6 milhões. Para o diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Marcos Fava Neves, em se tratando de sistemas regenerativos, os bioinsumos são muito importantes tanto para reduzir o uso dos insumos químicos quanto para a preservar e regenerar o solo, entre outras funções.

Tecnologia identifica a presença de agrotóxicos em legumes e hortaliças
Traços de agroquímicos foram encontrados em cerca de 30% de tomates certificados como orgânicos. A pesquisa foi realizada por professores e pós-graduandos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e resulta também de uma parceria anterior com o Instituto de Computação (IC). A união entre as áreas possibilitou a combinação de dois métodos: o uso do espectrômetro de massa, que mede o peso das moléculas, e o aprendizado de máquinas – ramo da inteligência artificial –, que permitiu a criação de um modelo para a identificação das substâncias.

Mapa atualiza condições para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar
Foi publicada nesta terça-feira (20), no Diário Oficial da União (DOU), a portaria nº 293, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAF/ Mapa), que estabelece as condições e os procedimentos gerais para inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A portaria entra em vigor, a partir da data da sua publicação. Entre as principais mudanças está a ampliação do público beneficiário da Política Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fazendas verticais e hortas urbanas impulsionam produção sustentável nos grandes centros
Pugliese, fa empresa Pink Farms explica que “a cada metro quadrado de solo que temos na cidade de São Paulo, produzimos até 170 vezes mais que um metro quadrado no campo, e ocupando um espaço bem menor. Empilhando essa produção com o devido controle de todo o ambiente e suas variáveis, eu consigo escalar essa produtividade e ter de dois a três ciclos a mais de colheita ao ano daquela planta, desde a semente até a entrega, e sem agrotóxicos”.